Alzheimer
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10 Maneiras de lidar com a agitação de doentes de Alzheimer
A agitação é caracterizada pela atividade verbal ou motora inadequada, julgada por terceiros como um reflexo de necessidades e confusões das pessoas. É comum que a agitação surja antes da agressividade, por isso você deve agir de forma adequada antes que o quadro evolua.
Separamos 10 dicas de como agir em casos de o doente de Alzheimer apresentar quadros de agitação. Confira a seguir:
- - Se o doente apresentar uma crise de agitação, fique calmo! Ter uma reação brusca ao comportamento do doente não é a melhor coisa a ser feita. Isso vai deixa-lo ainda mais agitado e desconfortável. Mantenha-se flexível, calmo e relaxado. Lembre-se: o paciente está respondendo ao seu tom de voz e linguagem corporal mais do que o conteúdo do que você está dizendo;
2- Preze sempre pela segurança do próprio doente e de todas as pessoas que o rodeiam;
- - Busque sempre o contato visual com o doente. Se apenas palavras não estão conseguindo acalmá-lo, segure o doente pelos pulsos, realizando uma leve pressão. Com esse movimento você estará transmitindo ao doente uma leve sensação de tranquilidade;
- - Procure distraí-lo, atraindo sua atenção para algo tranquilo e agradável;
- - Estimule a autonomia do doente, dando liberdade para que ele desenvolva algumas atividades sozinho, dessa forma ele vai gastar toda sua energia de uma forma positiva - mas preze sempre por sua segurança;
- - Em algumas ocasiões é normal que o idoso imite o comportamento de outras pessoas. Para tranquilizá-los, podemos simular a respiração de forma lenta e calma, esperando que ele também o faça;
7- O ambiente em que o doente está deve ser relaxante e tranquilo, por isso devemos manter o idoso afastado de situações e pessoas que o deixe ansioso e agitado;
8- Procure programar as atividades do dia ou semana, mas sempre consulte o doente sobre o que ele gostaria de fazer, evitando desconfortos e crises. Ter esse planejamento em forma de calendário é uma boa pedida para que o idoso possa exercer sua noção de tempo e espaço;
9- Evite deixar o doente em contato com diferentes estímulos, como barulho de TV, rádio, buzinas, etc. Esses sons podem deixar o idoso nervoso e desorientado, levando a crises de agitação. Também é indicado evitar bebidas que possuem cafeína ou demais estimulantes, como o álcool;
10- Evite falar sobre o doente em sua presença, sem que ele esteja participando da conversa. Mesmo que ele se mostre ausente, é possível que entenda e se frustre com o que foi falado
Conheça os processos cerebrais que ajudam no tratamento do Alzheimer

Sabe aquela sensação de ter visto um conhecido na rua? Aquela pessoa que você não faz ideia se conheceu em tal lugar ou se o rosto é familiar. Essa questão tão comum no dia a dia despertou o interesse de pesquisadores americanos, que descobriram os circuitos cerebrais envolvidos nesse complexo processo de reconhecimento. Além disso, os pesquisadores conseguiram ligar essa descoberta com tratamentos de problemas de memória, dentre eles, o Alzheimer.
Ficou comprovado que a falha no reconhecimento de pessoas e lugares tem origem em um sistema neural que é responsável por fazer a separação entre elementos novos e conhecidos, que são visualizados pelo indivíduo. O estudo usou camundongos como cobaias, por terem a estrutura do cérebro semelhando aos dos humanos.
Para conseguir desvendar esse mistério, os cientistas analisaram nos ratos o hipocampo, região responsável pela memória. Em estudos anteriores, duas áreas do hipocampo foram apontadas como as responsáveis por esses processos. São elas:
- Giro dentado: Responsável por identificar novos estímulos e separá-los de informações já conhecidas.
- CA3: Responsável por minimizar pequenas mudanças de uma experiência anterior para que ela não seja classificada como uma "nova informação". Esse processo é chamado de chamado padrão de realização.
Esses processos funcionam da seguinte forma: Se você entra em um ambiente redecorado (mas no qual você já esteve antes), o giro dentado forma uma nova memória do local e a envia para o CA3, que deverá ignorar as pequenas alterações e ajudar no reconhecimento do espaço.
Essa incrível descoberta sobre as demais funções do CA3 podem ajudar tratamentos médicos para doenças ligadas a memória, como o Alzheimer. "Essa é a pesquisa científica básica. Esperamos que, futuramente, ela forneça insights sobre os mecanismos cerebrais de memória, o que pode levar a futuros tratamentos. No entanto, é difícil prever como seriam essas terapias", destaca James J. Knierim, professor de neurociência no Instituto Zanvyl Krieger.
Alzheimer: quando é a hora de procurar um médico?

O avanço do Alzheimer implica em uma perda gradativa da memória e funções cognitivas, como o raciocínio, a orientação e a capacidade de discernimento. A doença chega a atingir 5% da população a partir dos 60 anos e mais de 15% após os 80.
Por isso, é indicado que você procure um médico quando:
- A falta de memória começar a atrapalhar as atividades do dia a dia e trabalho;
- Você encontra dificuldade em conseguir se comunicar - fala e escuta;
- Você fica desorientado em relação ao espaço e tempo;
- A capacidade de julgamento e juízo é diminuída;
- Fica mais difícil raciocinar sobre coisas simples;
- As alterações de humor, personalidade e comportamento são constantes;
- Há sinais de depressão, ansiedade e apatia;
- Existe dificuldade de reconhecimento de familiares e amigos;
- Fica mais difícil se locomover;
- Apresenta quadros de delírio e sono irregular;
- Há dificuldade em realizar tarefas domésticas, como cozinhar;
- Apresenta conduta estranha, como se vestir inadequadamente para uma ocasião;
- Há problemas de pensamentos abstratos, como esquecer o significado do dinheiro, por exemplo;
- Há perda de objetos ou quando o idoso coloca o objeto em um lugar indevido (Ex: colocar uma colher dentro da gaveta de meias).
4 dicas para manter o Alzheimer afastado

A doença de Alzheimer é mais comum em pessoas com mais de 60 anos, mas você pode começar a se prevenir desde agora!
Algumas práticas saudáveis durante sua vida podem ser muito importantes quando a terceira idade chegar. O Relatório Global sobre Alzheimer de 2014, apontou evidências científicas de como maus hábitos alimentares, hipertensão, baixa escolaridade e cigarro são grandes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.
Pensando nisso, criamos 4 dicas simples de como ter hábitos saudáveis e fugir do Alzheimer. Confira!
1 - Mantenha a cabeça funcionando
Para manter suas atividades cerebrais em constante trabalho, você deve realizar tarefas como estudar, ler, aprender novas habilidades e ter um circulo social bem ativo. Quanto mais você coloca sua cabeça para funcionar, menos chances você tem de ter alguma falha no cérebro, e até mesmo consegue retardar manifestações de demência. A inatividade cognitiva aumenta em 19% suas chances de ter Alzheimer.
2 - Tenha boas noites de sono
Dormir bem é essencial para você ter uma mente saudável e ativa. É no período da noite, durante o sono, que o nosso cérebro guarda tudo o que aprendemos durante o dia. Para ter um sono tranquilo, é importante que você deite relaxado, sem preocupações com trabalho ou família, além de ter um sono ininterrupto.
3 - Movimente seu corpo
A prática de atividades físicas é uma importante arma contra o surgimento de demências. Apesar de ainda não ter sido constatado sua real eficácia no combate à demência, ao praticar exercícios, seu corpo libera as neurotrofinas, substâncias muito importantes para a memória.
- - Alimente-se de forma saudável
Ter uma alimentação balanceada e saudável é indispensável para ter uma boa saúde. A dieta do Mediterrâneo é a mais indicada para prevenção de doenças cardiovasculares, que são grandes fatores de risco para o surgimento de doenças neurodegenetativas, como o Alzheimer. Essa dieta inclui frutas, verduras, cereais, peixes, azeite e até mesmo o consumo moderado de vinho. Além de incluir alimentos saudáveis, ela é fonte de ômega 3. Essa gordura do bem, encontrada em peixes que não foram criados em cativeiro, como salmão, atum e sardinha, tem o poder de reduzir o risco de declínio cognitivo. Essa dieta também é rica em antioxidantes, que são capazes de combater os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento das células.
Animais de estimação e sua importância na vida de quem tem Alzheimer

Além de diversão e carinho, os animais de estimação também possuem um papel muito importante no tratamento de doenças como Alzheimer, depressão e autismo. O uso desses animais como real forma de tratamento na recuperação de pacientes já tem até um nome,zooterapia.
Mas os fiéis bichinhos de estimação desempenham um grande papel na hora da recuperação do doente. Considerado como o "melhor amigo do homem", o cachorro tem grande função terapêutica."O contato com o cão desfoca a pessoa da doença e propicia a liberação de endorfina, substância que traz sensação de bem-estar e bom humor", observa a veterinária e psicóloga Hannelore Fuchs, de São Paulo.
- contato com animais serve como uma quebra na rotina do idoso, trazendo um pouco de alegria para o seu dia. É por isso que cães, coelhos e até tartarugas são bem-vindas em algumas casas de repouso. "Os idosos se abrem, conversam e alguns sorriem pela primeira vez depois de muitos dias", relata Hannelore. Além disso, os animais também colaboram para aumentar o equilíbrio do idoso e estimulá-lo a caminhar mais.
A Associação Americana do Coração divulgou em recente artigo que o contato com o bicho de estimação, em especial o cachorro, pode ajudar a afastar problemas cardiovasculares, um dos fatores de risco para o desenvolvimento do Alzheimer. Dentre os motivos, a Associação Americana destaca o aumento da prática de atividade física, redução da pressão arterial, maiores chances de sobreviver a um ataque do coração, diminuição do estresse, níveis de colesterol e triglicérides.
14 dicas para aliviar o estresse dos cuidadores

Os cuidadores fazem um incrível trabalho ao tomar conta de pessoas com Alzheimer, mas é importante que eles também se preocupem com sua própria saúde e bem estar!
Conheça 14 dicas que vão te ajudar a aliviar o estresse:
- Busque associações e comunidades de apoio ao Alzheimer em sua região. Participando desses grupos você poderá compartilhar suas experiências e ter assistência e orientação;
- Procure se capacitar como cuidador através de cursos de formação de cuidadores.
- Não tenha vergonha em pedir ajudar quando for preciso.
- Não se esqueça da sua própria saúde! Alimente-se bem e pratique exercícios!
- Esteja preparado para mudanças de humor do doente de Alzheimer. Elas serão bem comuns em certo estágio da doença e é preciso que você consiga lidar com elas de forma calma e tranqüila.
- Faça uma lista com todas as atividades que você já fez para o doente de Alzheimer. Dessa forma você poderá.
- Procure compreender cada fase pelo qual o doente de Alzheimer está passando, dessa forma você conseguirá lidar melhor com as situações.
- Procure ajuda com profissionais de saúde especializados, como geriatras e gerontólogos, assim como terapeutas ocupacionais.
- Procure terapeutas caso haja conflitos constantes entre os familiares. Não tente mediar tudo sozinho.
- Faça anotações sobre as experiências que você tem vivenciado junto ao doente de Alzheimer. Além de terapêutico, essa atividade pode registrar a evolução da doença.
- Procure ter uma boa convivência com o doente de Alzheimer. Evite abordar assuntos que o deixe nervoso ou chateado.
- Aceite o Alzheimer. Não invente desculpas para justificar a perda de memória ou outros problemas funcionais de seu familiar.
- Ame seu familiar exatamente como ele é agora, não tente mudá-lo.
- Dê carinho e atenção a pessoa da qual você cuida. Procure proporcionar ao doente os melhores momentos do seu dia. Dessa forma você estará melhorando não só o dia do doente, mas o seu também!
Formas de evitar que o cuidador fique sobrecarregado

A doença de Alzheimer produz uma deterioração progressiva das funções do indivíduo. Por isso, em algum momento, a família precisa assumir os cuidados desta pessoa - sem ficar sobrecarregado. A ajuda inicial se concentra em pequenas coisas do cotidiano, mas, depois, a maior parte das atividades vai precisar da atenção especial do cuidador.
Por ser uma situação permanente, acaba se tornando comum que um dos membros da família adote o papel de cuidador principal. Isso não significa que você deva ser o único responsável, porque se isso acontecer, existe uma grande possibilidade de você se sentir sobrecarregado, com consequências como cansaço, insônia, falta de apetite, entre outros.
Às vezes se associam alguns sintomas com o estado de depressão, falta de motivação e vontade de fazer coisas das quais gostavam antes, sentimentos de tristeza e solidão. Se essa situação se manter por muito tempo, pode ser necessário que o cuidador procure por um médico.
Portanto, antes de decidir ser o principal responsável pelos cuidados de seu familiar com Alzheimer, é preciso que pense em algumas questões:
- Uma decisão dessas não deve estar condicionada por possíveis represálias do restante da família. Você não deve se sentir moralmente obrigado, deve considerar a disponibilidade de tempos, sua situação pessoal, as habilidades para ser um cuidador, etc. (de todos os familiares envolvidos).
- Converse com seus familiares sobre a possibilidade de precisar da ajuda deles, caso necessário. É imprescindível saber delegar tarefas quando necessário. Na verdade, você não deve assumir a responsabilidade total do doente para você; as decisões mais importantes sobre o enfermo devem ser decididas por todos os familiares.
Se a decisão foi tomada valorizando todas estas condições apresentadas, esteja preparado para vivenciar algumas situações desconhecidas que vão gerar ansiedade. Para evitar isso, a informação é muito necessária. Procure ir em palestras, cursos, grupos de apoio ou centro de saúde especializados em Alzheimer.
- importante que você organize seu tempo para que não perca suas atividades, amizades e vida pessoal. Também é importante estar descansado e tranquilo para poder cuidar de seu familiar. Mesmo que se sinta com forças e capacitado para cuidar do doente sozinho, peça ajuda. Não compartilhar desses cuidados com outros familiares pode te esgotar física e emocionalmente. E acima de tudo, lembre-se que você não é a única pessoa capaz de cuidar corretamente de seu familiar. Além disso, você pode se culpar caso seu familiar piore o estado de saúde. Não tenha vergonha de compartilhar suas preocupações: a doença segue seu rumo natural e ninguém é responsável pelo o que acontece. Se culpar não vai ajudar a resolver o problema, lembre-se disso.